Voltar ao Brasil me proporcionou encontros muito bons. O primeiro deles foi o encontrinho que marquei no Youtube.
Pra ser honesta já comecei a escrever este post sobre o encontro do Sesc umas 3 vezes e ele nunca rende. Ora porque me perco no meio das fotos, ora nas lembranças. E a escrita se vai pro além.
A real é que houve uma sucessão de erros naquele dia e talvez isso me trave à escrever, mas vou me esforçar porque ao final a sensação foi de muita alegria que vale a pena registrar.
O primeiro problema foi que caiu uma chuva IMENSA daquelas de alagar a cidade e parar tudo. TUDO.
O segundo lance foi que sai de casa 30 minutos depois da minha programação: queria chegar ao Sesc uma hora antes e acabei chegando no metrô Belém 30 minutos antes do programado mas, com tamanha chuva, fiquei uma hora presa dentro do estacionamento do metrô , ou seja, atrasei UMA HORA do horário marcado com as pessoas e duas do meu horário. Que bad
Outro erro meu: escolhi um lugar que ~ pensei ~ que pudesse estar vazio/tranquilo e nos deparamos com o lugar mais cheio daquela Paulicéia: as piscinas do sesc Belenzinho debaixo de um sol escaldante de Janeiro. Que erro!
Com tanto atraso, decidi sair do metrô mesmo debaixo de chuva e cheguei pingando ao Sesc. (repare o meu cabelo nas fotos, lambido de chuva, rs).
Daí que com a chuva TODO MUNDO do Sesc estava no lugar que eu marquei (a Comedoria, tonta demais, não?) e foi um mini caos pra encontrar as pessoas. Nisso, rolou a única coisa realmente ruim do dia: um desencontro.
Enquanto eu estava parada dentro do metrô, respondi algumas perguntas via Fb e Instagram sobre se ainda teria o encontro porque estava chovendo muito e o Sesc, lotado. Eu confirmei que estava indo.
Nisso perdi/deixei de responder uma moça que ficou nos esperando e nos procurando e não nos encontrou.
CLARO que ela ficou mega chateada e me mandou uma mensagem brava (com razão, eu a entendo), mas depois que encontrei o grupo não estive 100% atenta ao celular e infelizmente a decepcionei. Pedi desculpas duas ou três vezes mas não foi suficiente.
Isso me deixou meio mal e levei algum tempo pra processar.
Mas passou. Decidi não carregar .
Se vc estiver lendo, moça, perdão novamente pelo desencontro.
O bairro do Belém debaixo de água. A agua entrava no ônibus e também cobria os bancos na rua, um caos!
Bom, cheguei ao Sesc e fui encontrada pelos olhos da @ludogrilo. No mesmo instante tomei um susto: a família toda da Laila (minha amiga da NZ) estava lá. GENTE, eu não sei nem expressar o que senti na hora. Como assim, a família toda se deslocou de casa pra ir nos encontrar? Pois é: pai, mãe, irmãs, sobrinhas, cunhado.. GENTE!
Em seguida comecei a reconhecer as pessoas todas: A Josy e sua doce filha, a Angélica e sua familia (sim!), a Lu, a Renata, a Marta, a Fernanda.. e ainda tive o prazer de conhecer outras leitorinhas que fizeram questão de ir lá tricotar conosco.
E com isso o papo rolou. Foi massa porque a interação foi instantânea e passamos a tarde conversando, compartilhando experiências e historias. Começamos falando como começamos a costurar e seguimos contando das dificuldades, os momentos de alegria quando terminamos uma peça e também tiramos duvidas, compartilhamos dicas e materiais.. foi realmente muito legal. Obrigada por terem ido, meninas! Uma hora quero repetir de novo 🙂
O outro encontro massa rolou em Salvador.
Estava lá de boas curtindo o sol e a cidade quando recebo mensagens de Lorena.
Lorena mora em Ssa e costura desde sempre. Hoje se divide entre as costuras e a faculdade e é uma graça de garota.
Fomos eu e minha mãe pra uma casa de sucos e ficamos papeando a tarde toda numa prosa bem boa sobre costuras, histórias de vida e também sobre o tanto que ela estuda. Foi delicioso. Obrigada por me escrever, Lorena <3
Ainda em Salvador, estava lá no show do Luiz Caldas com minhas amigas quando uma moça me chama:
-
Patricia?
-
Eu?
E assim “fui reconhecida” (HAHAAHAH) pela primeira vez na Bahia. Seu nome é Michelle e ela tem um atelier de aulas de costura no Rio Vermelho em Salvador chamado Lull.
Michele é moça simpaticíssima e sorridente. O papo foi curto mas bem bom, amei!
_ AULAS
Em SP dei algumas aulas and once again, bons encontros:
A primeira foi Carol, que já estávamos num conversê danado desde a NZ e quando eu disse que iria à SP, Carol logo me perguntou se eu poderia dar umas aulas pra ela.
(pausa pensativa: pra que?? Carol já costura super! hahahaha)
Daí que ir à casa de Carol me permitiu conhecer uma menina linda com uma história de vida muito tocante. Carol tem um pai que toda vida foi um homem muito ativo em todos os sentidos e com uma visão de vida muito bacana. Mas há 7 anos ele sofreu um acidente que o paralisou. Por ele ser um homem muito alto, a família tem dificuldade de encontrar algumas roupas, então Carol me chamou para ajuda-la à costurar uma calça pra ele.
Entrar na casa de alguém é uma cortesia. Entrar na vida de Carol e no relacionamento dela com seu pai foi se aprofundar nas delicadezas e fragilidades de uma vida dura mas de muito, muito amor. Não dá pra expressar aqui a sintonia linda que ela tem com o pai, assim como não dá pra explicar o cuidado e a atenção que ela tem com ele. E ele, mesmo sem ter todas as possibilidades de falar, de se mover e se expressar, consegue ainda ser grato e manter um relacionamento tão bonito entre a família, que se desdobra pra cuidar do pai e mantê-lo com o máximo de conforto e bem estar possível.
Que prazer estar perto, Carol. Obrigada.
Ainda dando aulas, tive outra sorte de conhecer Mari.
Toda vez que páro pra conversar com Mariana fico achando que de um jeito ou de outro iríamos nos encontrar nessa vida. Mari fez Desenho Industrial no Mackenzie, curso que desejei muito fazer anos atrás. Trabalhou com embalagens, coisa que desejei trabalhar… e hoje costura! Pronto, devidamente linkadas pela vida, risos.
Mari traz uma paz boa: fala devagar, olha profundamente nos olhos e faz tudo com muita atenção. Seja um molde ou um risoto, tudo fica bonito. Tem um senso estético ótimo para decoração e tem duas cachorras extremamente fofas que são calmas como ela. Que delícia estar alí.
Mari está num momento interessante da vida, passando por uma transição e desenvolvendo coisas bacanas. Eu fico aqui do outro lado torcendo por ela porque, com tanta atenção e cuidado, só pode dar tudo certo =)
AHHHH uma coisa que me deixou enlouquecida: Mariana tem um berçário de suculentas!
Sim, um berçário. Além de cultivar essa plantinha linda, ela organiza e mantém muito bem uma centena de mudinhas que são tão pequeninas que mais parecem bebês-suculentas. Coisa linda de viver
(obs. as da foto acima são as adultas, o berçário é realmente um berçário)
Obrigada por me receber, Mari. Tem horas que fico lembrando dos seus “causos” e ouvindo sua voz e parece que você está aqui ao ladinho. Tú é uma querida!
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Pra terminar, outro encontro bom mas sem fotos porque a moça é discreta, risos.
Em SP tive o prazer de conhecer Erica, uma moça brasileira que vive na Holanda e começou a falar comigo via Snapchat. Ora costura, ora ballet, de vez em quando engatávamos conversinhas curtas pelo chat do fantasminha.
Aprofundamos no papo quando ia me mudar pra Alemanha e soltei um “spoiler” sobre a cidade-destino que eu iria morar.
Ela me disse que já havia morado lá e pronto, passei a fazer mil perguntas. Avançamos pro WhatsApp e logo estávamos falando bom dia e boa noite via áudio. (HAHAAHAHAHAHAHA Inessa não fique com ciúmes! ).
Erica foi um anjo. Sempre se prontificou a me ajudar com o alemão e as burocracias que a cidade exige, além de me dar dicas de onde encontrar as coisas que eu poderia precisar.
A coisa mais legal é que ambas tínhamos viagem marcada para o Brasil e as datas cruzavam. Resolvemos então aproveitar o rasante dela por SP e fomos nos conhecer ao vivo no velho e bom Brás e ó, FOI MASSA!
Rolê debaixo de sol com direito a entrar em todas as lojas e tocar todos os tecidos, além de vasculhar cada prateleira que o Brás nos oferece e rir aos montes. MATCH!
Obrigada pela presença, dear darling.
E esses foram alguns encontros que essa vida boa me proporcionou.
Sabe, tem uma coisa que penso todo dia: não posso reclamar de nada.
Tenho saúde, família por perto, amigas queridas, tenho tempo pra fazer a única coisa que presto pra fazer (costurar e ensinar), um marido massa e ainda, além de tudo: a sorte de encontrar MUITA gente legal pelo caminho, muita. MAS MUITA mesmo.
Gente disposta a compartilhar idéias e estudos, gente disposta a me ajudar, gente a fim de ouvir e gente com astral bacana. Diz se não é demais?
Vou terminar o post aqui porque já está imenso.
Volto logo e obrigada à todas as envolvidas por tanto carinho <3
Patricia C
Importando comentário | Patricia
Luciana Xavier Trindade · Senac São Bernardo do Campo
Adorei!meus olhos te encontraram
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Patricia Cardoso · Works at Patricia Cardoso – Costuras
Sério, tu lembra disso? rs
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Mari Tkt · Faz tudo at Do Barro cerâmica
Uau!!! Que lindo !!! Me tocou ver a sua perspectiva , não esperava , estou passando por tantas coisas novas e incríveis, gostaria de poder compartilhar contigo = )
Eu também estou aqui torcendo sempre por vc ! ���
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Patricia Cardoso · Works at Patricia Cardoso – Costuras
Im waiting for you on Whatsapp anytime babe ahahahaha.
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Laila Stagno ·
Amei o post Pat, é tão real que parece que eu tava junto o tempo todo ! Sou lucky por minha família ter conhecido vc, pois agora eles sempre sabem exatamente quem é my darling friend �
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Patricia Cardoso · Works at Patricia Cardoso – Costuras
sorte a minha
<3